O Dr. Frederico H. Sanchez participa como médico voluntário do projeto social Downwind Solidário,
idealizado pelo amigo Henrique Barbosa e organizado pelo Instituto Dharma. Uma expedição que reúne
voluntários de várias especialidades médicas de diferentes Estados, para levar saúde a comunidades
remotas, utilizando como meio de locomoção o kitesurf.
Impulsionado pela força dos ventos, o objetivo da expedição é levar saúde a populações carentes
isoladas, seja através do atendimento médico especializado, ou das ações de sustentabilidade, levando
educação ambiental e promovendo a melhora das condições de vida de comunidades situadas em
regiões remotas e com poucos recursos.
Na edição 2022 velejaram cerca de 300 Km na costa do Piauí e Maranhão, adentrando as
comunidades isoladas no interior do Delta do Parnaíba. Em 2023 a expedição percorreu cerca de 400 Km
entre a costa Cearense e Piauí, onde puderam fazer mais de 1.200 atendimentos médicos, incluindo
alguns procedimentos cirúrgicos. Dentre os atendimentos médicos uma tecnologia alemã permitiu que
os oftalmologistas prescrevessem e montassem óculos no momento do atendimento, e os pacientes já
saíam de lá com óculos. Outro projeto de destaque foram as palestras sobre sexualidade, DST, e
controle de natalidade, com implantação de DIU em diversas pacientes, pelas médicas especialistas em
ginecologia. Na área de dermatologia, o Dr. Frederico H. Sanchez e sua dupla dermatológica Dra. Liz
Franzotti, atenderam mais de 200 pacientes, inclusive realizando cirurgias para tratamento de câncer de
pele dentre outros procedimentos cirúrgicos. Paralelamente a equipe de sustentabilidade além de
coleta de resíduos nas praias, conseguiu instalar um biodigestor em uma escola municipal, e realizou
diversas palestras educacionais com a população local.
“Levar medicina especializada a locais remotos é um grande desafio logístico. Cada voluntário é
responsável por levar medicamentos e equipamentos específicos, e o apoio de terra, realizado por
caminhonetes ou quadriciclos, carregam os equipamentos através de praias, dunas e mangues. Os
procedimentos cirúrgicos muitas vezes são realizados em salas cirúrgicas improvisadas no meio do nada.
Mas apesar de todas as limitações, é gratificante ver o impacto que uma expedição como essa pode
causar na vida dessas pessoas”.
“A maioria das pessoas que vivem nessas regiões são pescadores, ou coletores de carangueijo e
mariscos, ou ainda tiram sua subsistência do trabalho na roça. A exposição solar é intensa, e os
problemas de pele, incluindo o câncer de pele são muito comuns nessa população. Ter a oportunidade
de chegar velejando nesses locais remotos de natureza exuberante, e ainda poder ajudar como médico
dermatologista essa população tão desprovida de recursos, é uma experiência transformadora”.
